Créditos suplementares

Impeachment: analista aponta mudança em entendimento do TCU sobre créditos

Na Comissão do Impeachment, Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade por causa da abertura de quatro decretos de suplementação orçamentária

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Publicado em 22/06/2016 às 15:35
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Na Comissão do Impeachment, Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade por causa da abertura de quatro decretos de suplementação orçamentária - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Ao depor nesta quarta (22) na Comissão Processante do Impeachment do Senado como testemunha de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, o analista de Planejamento e Orçamento e coordenador-geral de Tecnologia e Informação da Secretaria de Orçamento Federal, Robson Azevedo Rung, disse que houve mudança em 2015 do entendimento do Tribunal de Contas da União sobre a abertura de créditos suplementares.

“A Secretaria de Orçamento recebeu uma nova interpretação de algo que já estava bem sedimentado há bastante tempo. Esta mudança veio em 2015. Tanto é verdade que, em 2009, aconteceu situação semelhante e não houve nenhum tipo de apontamento de irregularidade por parte do Tribunal de Contas da União. Mas o meu papel institucional não me permite entrar em muitos detalhes em relação a esses aspectos por conta da minha atuação na área de tecnologia da informação”, afirmou.

Na Comissão do Impeachment, Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade por causa da abertura de quatro decretos de suplementação orçamentária.

 

CRÉDITOS

Rung afirmou que não tem conhecimento de interferência política na edição dos créditos suplementares. “A mim, nunca chegou nesses anos todos que estou na Secretaria de Orçamento Federal nenhuma solicitação de burlar uma regra, de fazer alguma coisa que esteja em desencontro com a legislação em vigência”.

Nesta terça-feira (21), a ex-ministra do Planejamento e ex-presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, ao depor como testemunha de defesa na Comissão do Impeachment, disse sobre sua estranheza diante do processo contra a presidenta ser baseado em decretos que tradicionalmente, segundo Miriam, eram aceitos pelo Tribunal de Contas da União. A ex-ministra alegou que, durante 15 anos, esse tipo de decreto nunca foi questionado, mas “de repente” se tornou motivo para o impeachment da presidenta afastada.

Agora à tarde, a comissão ouve a segunda testemunha de defesa do dia, o secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa, Luiz Antonio de Souza Cordeiro.

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