Estudantes intercambistas do programa de bolsas Ciência sem Fronteiras estão enfrentando problemas para renovação do benefício junto à agência federal que administra o programa, a Capes, e alguns já passam dificuldades financeiras ou estão em situação ilegal no exterior. A denúncia foi feita em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda -feira (27).
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Quatro estudantes de doutorado pleno, entrevistados pela reportagem da Folha, estão na mesma situação em universidades do Reino Unido, Holanda e da Itália. A bolsa deles foi interrompida indefinidamente após parecer negativo da Capes. Mesmo após o reenvio de relatórios anuais de desempenho, alguns com anexos de premiações e carta dos orientadores garantido o bom desempenho, os estudantes ainda não conseguiram reverter a decisão.
Atualmente, 2.713 alunos de doutorado com bolsa plena estudam no exterior e não se sabe quantos estudantes, além desse nível de instrução, possam estar passando pelo mesmo problema. Segundo apurou a reportagem da folha, um estudante de mestrado afirmou que ficou sem diploma por falta de pagamentos das taxas à universidade.
Para piorar o problema, os doutorandos dizem que o governo além de não ser claro sobre o que espera do relatório técnico anual, que foi negado pela Capes, eles também não estipulam um prazo para dar uma resposta a documentação enviada pelos estudantes.
A especulação é que o governo estaria cortando as bolsas do exterior para reduzir os custos diante a crise econômica. O programa foi criado em 2011 por Dilma Rousseff.