Em cinco das 12 operações do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) com grandes empresas, detalhadas pelo ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto em sua delação premiada, as propinas ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), somariam ao menos R$ 15,9 milhões.
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A delação de Cleto foi uma das que embasou a Operação Sépsis, deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º) com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
O peemedebista, que foi afastado da presidência da Câmara por determinação do STF e enfrenta um processo de cassação que deve ir a votação no plenário da Câmara em breve, é suspeito de achacar grandes empresas que buscavam financiamento do fundo.
Apadrinhado de Cunha na Caixa, Cleto também participava do esquema e recebia uma porcentagem das propinas, que ele admitiu terem somado R$ 5 milhões em uma conta na Suíça, valor que será ressarcido por Cleto em sua delação como multa.
Além dele, o lobista apontado como operador de Cunha Lúcio Bolonha Funaro, preso preventivamente na Operação Sépsis, também participava do esquema cobrando os valores das empresas e operacionalizando os pagamentos de propina.
Defesa
"Desconheço o conteúdo da delação, por isso não posso comentar detalhes. Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ, com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular. Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida", defendeu-se Eduardo Cunha por meio de nota.