A defesa do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato, informou hoje (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pagou parte da primeira parcela da quantia de R$ 75 milhões que deverá devolver à Petrobras.
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O valor estava na conta de um dos filhos de Machado, Expedito Machado Neto, no banco Santander, e foi transferido para a conta do Ministério Público Federal.
Segundo a defesa, R$ 8 milhões foram pagos no dia 5 de julho e o restante, R$ 2 milhões, será repassado após a indicação da conta da Petrobras para depósito. Conforme o acordo, 80% da multa são destinados à União e 20% para estatal.
De acordo com os termos da delação premiada assinado com a força-tarefa de investigadores da Lava Jato, Machado deve devolver R$ 75 milhões à Petrobras. Desse total, R$ 10 milhões deverão ser pagos 30 dias após a homologação da delação, que ocorreu no mês passado, e R$ 65 milhões parcelados em 18 meses.
Regime domiciliar
No acordo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acertou que Machado não poderá ser condenado a mais de 20 de anos nas ações criminais às quais deverá responder pelos desvios na estatal. Além disso, o delator cumprirá pena em regime domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Machado é investigado na Operação Lava Jato pelos desvios na estatal durante o período em que ocupou o cargo. Nas investigações, ele gravou conversas que manteve com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da República e do Senado, José Sarney.
Além disso, ele disse nos depoimentos que os parlamentares recebem propina oriunda da estatal.