Brasília

Eleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara representa mais uma derrota para o PT

Deputado votou pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff

Renata Monteiro
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Renata Monteiro
Publicado em 15/07/2016 às 6:02
Foto: Igo Bione/ Acervo JC Imagem
Deputado votou pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff - FOTO: Foto: Igo Bione/ Acervo JC Imagem
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Assim como ocorreu em maio deste ano, na votação do impeachment, o PT amargou mais uma derrota na Câmara dos Deputados com a eleição do democrata Rodrigo Maia para a presidência da Casa. Apesar do novo presidente ter recebido o voto de petistas no segundo turno do pleito, em uma tentativa de evitar que um aliado de Eduardo Cunha (PMDB) - Rogério Rosso (PSD) - chegasse ao cargo, sua ascensão representa a potencialização do enfraquecimento do partido, uma vez que o deputado foi favorável à saída da presidente.

Nesta quinta-feira (14), o senador Humberto Costa (PT) lamentou que os partidos de esquerda não tenham conseguido levar para o segundo turno um nome que os representasse na disputa pela presidência da Câmara. “Acho que houve uma incompetência da esquerda de conseguir promover um nome”, disse.

Humberto afirmou ainda que, caso a presidente afastada retome o cargo, a figura de Maia poderá representar uma pedra no seu sapato. “Eu não acredito que Rodrigo Maia vá fazer uma gestão independente. Vai ser totalmente aliado a Temer. Para o PT não foi bom”, cravou o senador.

O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo Dilma na Câmara, discorda. Ele admite que a esquerda não se uniu em torno de um nome comum entre as legendas, mas disse que o fato de Maia ter vencido a disputa não prejudica o partido na Casa. “Pra nós, do PT, (a vitória) não altera em nada, o que é fundamental é a luta contra o golpe e contra os golpistas, que votemos matérias do interesse da sociedade e que a presidente Dilma volte ao poder”.

Para o cientista político Thales Castro, o momento para o PT é de reação. “Estamos lidando com o enfraquecimento vertiginosamente rápido do PT. É um momento crítico para o partido e ele vai precisar se reinventar”, afirmou.

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