Câmara dos Deputados

Cassação de Eduardo Cunha é apontada como maior tarefa da gestão Rodrigo Maia

Deputados federais apontam que é preciso tirar o mandato do parlamentar carioca

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 17/07/2016 às 11:35
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Deputados federais apontam que é preciso tirar o mandato do parlamentar carioca - FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O sentimento é geral de que a Câmara dos Deputados viverá dias mais serenos a partir de agora, porém para alguns parlamentares a tranqulidade completa, se é que é possível falar algo do tipo quando se trata de política, ocorrerá com a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O Brasil já caçou o mandato de Cunha, mas a Câmara ainda não. Ele é um cadáver insepulto”, enfatiza Tadeu Alencar (PSB).

Responsável por ajudar a eleger Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados e depois seu adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB) recorre a uma declaração fúnebre para falar do parlamentar carioca. “É caixão com vela preta”, resume. O pernambucano disse que a postura de Rodrigo Maia (DEM) em relação a Cunha tem sido correta por ser imparcial. “Ele falou que não vai ajudar ou desajudar”, comenta.

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Na opinião de Jarbas, o ambiente na Câmara dos Deputados só não será melhor por conta do semestre atípico. “Teremos eleições municipais e as Olimpíadas. Isso vai empacar a discussão e a votação”, observa, criticando o “recesso branco” da Casa. De acordo com Danilo Cabral, esse recesso também não é positivo, mas tem o mérito de ser mais um fator para acalmar os parlamentares após os últimos meses de embates. “O recesso ajuda a serenar os ânimos, mas foi um equívoco”, pontua.

Na avaliação do cientista político Wagner de Melo Romão, da Universidade de Campinas (Unicamp), além da cassação de Cunha, outro assunto deve inquietar os parlmentares. “A Lava Jato vai continuar pairando sobre a cabeça dos deputados”, opina.  

Também da Unicamp, o professor de Ética Roberto Romano diz que colocar a Câmara nos eixos será impossível totalmente, mas enxerga um futuro melhor. “O esquema partidário ficará mais alicerçado e menos frouxo com o novo presidente”, pondera.

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