Análise política

Eleição de Rodrigo Maia fortalece aliança DEM-PSDB para eleições presidenciais de 2018

Tucanos e democratas voltam a ganhar musculatura e podem se tornar ameaça para Temer

Franco Benites
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Publicado em 17/07/2016 às 11:35
Agência Brasil
Tucanos e democratas voltam a ganhar musculatura e podem se tornar ameaça para Temer - FOTO: Agência Brasil
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O presidente interino Michel Temer (PMDB) celebrou a vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como novo presidente da Câmara Federal, mas pode ter problemas no futuro caso a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não consiga retorar ao posto e ele queira se reeleger. Isso porque o DEM e o PSDB, principal fiador da candidatura de Maia, podem ganhar musculatura para as eleições presidenciais de 2018.

Especialista em assuntos legislativos e professor da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Pereira Neiva lembra que Maia é quem governará o País quando Temer se ausentar do Brasil para um compromisso internacional. “O mandato de Rodrigo Maia é de poucos meses, mas ele apareceu como um candidato forte de uma aliança (PSDB-DEM) que governou o País anteriormente. É a primeira vitória efetiva dessa aliança em pouco tempo”, opina Pedro Pereira Neiva, especialista em assuntos legislativos e professor da Universidade de Brasília (UnB).

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A curto prazo, no entanto, o especialista diz que a eleição de Maia irá favorecer Temer. “O presidente da Câmara tem o poder da agenda e pode colocar uma agenda convergente com o presidente interino”, diz.

Para o cientista político Juliano Domingues, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a presidência da Câmara será uma importante vitrine para o DEM. “Vale lembrar que desde Luís Eduardo Magalhães o partido não ocupava este espaço. Isso, por si só, já seria um bom incentivo para Rodrigo Maia se empenhar na condução dos trabalhos na busca por uma agenda positiva, sobretudo em ano eleitoral”, observa.

No entanto, segundo Juliano, inicialmente a tendência é que Temer lucre com Rodrigo Maia na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados. “Pelo perfil do presidente eleito e do seu partido, se comparados ao chamado Centrão, é razoável esperar uma postura de alinhamento com o governo Temer menos instrumental e clientelista e mais programática e ideológica”, pondera.

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