Ao comentar a Operação Resta Um, 33.ª fase da Lava Jato deflagrada nesta terça-feira (2) o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a empreiteira Queiroz Galvão representa "todos os pecados". Lima compõe a força-tarefa do Ministério Público Federal. "Todos os pecados, toda espécie de crime", disse o procurador, ao divulgar detalhes da investigação.
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O nome da operação é uma referência ao fato de a Queiroz Galvão ser a última empreiteira do 'cartel Vip' que se instalou na Petrobras para assumir o controle de contratos bilionários e um esquema de repasses de propinas a políticos e ex-dirigentes da estatal petrolífera.
"A Queiroz Galvão está envolvida no pagamento de propinas através de caixa um, doações eleitorais sob o manto de uma suposta legalidade. Temos caixa 2, por exemplo, pagamento para a campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006, também em propinas. Temos corrupção efetiva através de Alberto Youssef (doleiro da Lava Jato)", descreveu o procurador.
Lima anotou, ainda, que a empreiteira manteve funcionários no exterior, para driblar a ação das autoridades brasileiras - expediente que também teria sido utilizado pela Odebrecht.
O procurador relembrou, ainda, que a Queiroz Galvão protagonizou o repasse de R$ 10 milhões, em 2009, para barrar as investigações da CPI da Petrobras, operação que envolveu o senador Sérgio Guerra, então presidente do PSDB, morto em 2014.