Em uma derrota para os aliados da presidente da República afastada Dilma Rousseff, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que conduz a sessão de pronúncia do impeachment da petista, negou todas as questões de ordem que pediam a suspensão do processo.
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Durante quase três horas, foram apresentadas oito questões de ordem. A maioria pedia a suspensão do processo, com diferentes argumentos. Houve pedido de interrupção dos trabalhos para que fossem feitas novas oitivas, para julgamento pelo Congresso das contas de Dilma em 2015 e para que seja esclarecida a suposta citação a Michel Temer em delação premiada da Odebrecht.
"Realização de diligências em estágio tão avançado caberia ao plenário do Senado", argumentou Lewandowski. "Fase processual que estamos vivendo é eminentemente oral", completou. Ele negou a suspensão dos trabalhos para ouvir o procurador da República Ivan Claudio Marques, responsável por investigação das chamadas "pedaladas fiscais".
Também foi negado o pedido de retirar o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) da relatoria do impeachment, por suspeição. Outra questão indeferida foi o pedido para retirar do processo a discussão sobre as pedaladas no Plano Safra.
No caso específico da suposta delação que cita Temer, Lewandowski argumentou que os fatos são "estranhos" ao processo.