O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSBD-SP), sétimo parlamentar a questionar a presidente afastada Dilma Rousseff, durante sessão de julgamento do impeachment no Senado, disse que a petista cometeu crimes de responsabilidade "de caso pensado". O tucano questionou ainda por que Dilma faz uso da palavra "golpe" e disse que, assim como ela fez nas chamadas pedaladas fiscais quando "falseou as contas públicas", "a senhora agora falseia a história".
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Aloysio disse que o País hoje vive clima de paz e tranquilidade e que a agenda do impeachment já está ficando para trás. "Os partidos já se preparam para eleições municipais e para as eleições de 2018", afirmou.
O senador questionou ainda como Dilma classifica o impeachment como golpe, já que ele tem aval do Supremo Tribunal federal (STF) e também indagou a razão dela ter apelado a organizações internacionais já que é o STF que concede a última instância de respeito à Constituição brasileira.
Aloysio - usando uma afirmação de Dilma - disse que o processo vai criar sim precedente e os próximos presidentes não voltarão a cometer crimes de responsabilidade.
O senador Jose Medeiros (PSD-MT), oitavo a questionar Dilma Rousseff, disse que a petista está equivocada ao usar a palavra golpe e que a economia derreteu no período do governo de Dilma. "O que está havendo aqui não é um golpe; é a democracia em estado de ebulição", afirmou.
Crise econômica
Ao falar da crise econômica, o senador citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está presente o Plenário, e lembrou que ele tinha classificado a crise econômica como "marolinha". "A economia derreteu", completou.
O senador disse ainda entender o inconformismo de todos, mas não se pode dizer que o que está acontecendo é golpe. Medeiros afirmou que a saída de Dilma é resultado de uma "tempestade perfeita", que é a falta de apoio popular, do Congresso e a crise econômica. "Todo governo é sustentado neste tripé", afirmou. "Sem esse tripé não se consegue governar."
Medeiros questionou ainda se Dilma continuará as "lampanas de 2014", em relação as promessas de campanha da petista.