O senador Humberto Costa (PT) afirmou há pouco acreditar que os senadores que estão indecisos podem decidir o voto a favor da presidente afastada Dilma Rousseff. "Quem estiver indeciso deve estar acumulando informações", afirmou.
Leia Também
- Dilma se emociona, mas expectativa é que sofra impeachment, diz jornal dos EUA
- Kátia Abreu diz que impeachment ''nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha''
- Dilma reitera que impeachment criará precedentes que atingirão outros presidentes
- Confira a íntegra do discurso de Dilma em julgamento do impeachment
- MST bloqueia BR-232 em Moreno em protesto contra impeachment
>>> Acompanhe sessão ao vivo:
De acordo com o senador petista, a oposição buscou neste primeiro tempo dos depoimentos um caminho mais técnico para questionar a presidente e afirmou que Dilma, com isso, precisa responder mais objetivamente. "Agora vamos trazer os temas políticos e que ela reafirme o que foi colocado no discurso inicial", disse.
Humberto Costa rebateu também o questionamento de alguns senadores que se manifestaram contra o uso da palavra "golpe". "Se eles querem impedir que a palavra golpe seja dita, vão precisar calar a imprensa internacional, calar parte da imprensa local, calar manifestantes, calar boa parte dos brasileiros", afirmou.
Costa disse ainda que é estranho que o processo da presidente Dilma esteja sendo julgado quando o do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chamou de "bandido renomado", esteja parado.
Relator
O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), que foi relator na Comissão Especial do impeachment, e o quinto senador a questionar Dilma, disse que suas perguntas foram de ordem técnica e coerentes com seu trabalho como relator.
Anastasia disse ainda que a Dilma erra ao falar em contingenciamento, pois não é este o objeto da discussão. "O que está se questionando é a abertura de crédito", afirmou.