Ex-ministro do governo Dilma Rousseff, o senador pernambucano Armando Monteiro (PTB) declarou durante discurso na bancada do Senado Federal seu voto contrário ao impeachment da presidente afastada. Armando defendeu que há controvérsias entre os próprios juristas se a abertura dos créditos suplementares nos três decretos presidenciais e as chamadas "pedaladas fiscais" são crimes de responsabilidade fiscal. Leia mais no Blog de Jamildo.
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"Caso se queira ou se busque imputar, deve-se observar o princípio da razoabilidade. Não se pode haver descompasso entre a gravidade da denúncia que se pretende punir e a penalidade que se pretende aplicar", afirmou o petebista.
Armando também criticou o sistema político, reclamando principalmente das "disfunções do presidencialismo de coalizão" existente no Brasil, o que, para o senador, foi uma das razões do processo de impeachment. Para Armando, os partidos estão desprezando suas diretrezes programáticas para prevalecer seus "interesses fisiológicos". O PTB, partido de Armando, tem posicionamento contrário ao dele, se posicionando a favor do impeachment.
Em seu discurso, o senador também ligou esses impasses políticos à crise econômica no país. "Não tenho dúvida de que a crise política afetou o desempenho da economia", completou. Ao concluir sua fala, Armando previu ainda mais dificuldades, defendendo que o congresso tenha uma agenda de reformas. "A política é o exercício da esperança, mas temos que lembrar que as questões mais desafiadoras estão longe de ser resolvidas. Até que o futuro desminta esse mal presságio do presente", concluiu.
