Cerca de 5 mil manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff protestam, neste domingo (4) na Avenida Atlântica, em Copacabana. O ato pacífico começou bem em frente ao hotel Copacabana Palace e segue para o Leme. Aos gritos de "Fora Temer", muitos ostentam cartazes acusando "golpe" no processo que causou a deposição de Dilma. Cabos eleitorais de candidatos de partidos de esquerda à prefeitura do Rio engrossam o grupo.
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A manifestação estava restrita ao pátio localizado em frente ao hotel, mas às 12h25 o grupo tomou a única faixa da avenida aberta à circulação de veículos - meia pista da Atlântica é fechada aos domingos.
O número de manifestantes, que começou em cerca de 700 por volta das 12h, subiu rapidamente e há pelo menos 5 mil pessoas protestando na Avenida Atlântica. Aos gritos de "Temer golpista" e "Diretas já", os manifestantes caminham em direção ao bairro de Botafogo. Há bandeiras e faixas de movimentos sociais e diversos grupos políticos.
A deputada federal e candidata a prefeita do Rio pelo PCdoB, Jandira Feghali, juntou-se à manifestação em Copacabana às 13h. Segundo ela, esse tipo de protesto irá se espalhar pelo País. "Só vai aumentar. A sociedade entendeu que foi golpe e a sociedade não vai se acomodar, principalmente pela agenda que virá", disse a candidata.
Os grupos contrários ao processo de impeachment de Dilma Rousseff também marcaram um ato na Av. Paulista, em São Paulo, neste domingo, previsto para começar as 16h30. A manifestação foi inicialmente proibida pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, pois o local também receberá a passagem da tocha paralímpica neste domingo, só que mais cedo. Após uma negociação com as autoridades, os grupos acabaram mantendo o protesto, só que para depois da passagem da tocha no local, prevista para ocorrer às 13h20.
Manifestação
Desde que o Senado aprovou o afastamento de Dilma, várias capitais no País têm sido palco de protestos contra o presidente Michel Temer (PMDB). Na capital paulista, por exemplo, ocorreram atos todos os dias da semana passada, com alguns grupos minoritários depredando patrimônio e entrando em confronto com a PM. Em meio à confusão, uma jovem estudante que protestava ficou sem a visão no olho esquerdo após ser atingida por estilhaços de uma bomba da PM.