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Calçadistas reagem a sapato chinês de Temer

Em visita à China, Temer comprou um par do produto chinês e fez sucesso naquele país com fotos publicadas nas redes sociais, mas indignou os fabricantes brasileiros

Estadão Conteúdo
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Publicado em 06/09/2016 às 8:16
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Em visita à China, Temer comprou um par do produto chinês e fez sucesso naquele país com fotos publicadas nas redes sociais, mas indignou os fabricantes brasileiros - FOTO: Foto: Reprodução/@PDChina/Twitter
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Pivô de reclamações dos calçadistas brasileiros, devido à concorrência considerada desleal, o sapato chinês foi parar nos pés de Michel Temer. Em visita à China, o presidente comprou um par do produto chinês e fez sucesso naquele país com fotos publicadas nas redes sociais, mas indignou os fabricantes brasileiros. 

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) pretende presentear o presidente com uma sapato nacional, sem lhe cobrar nada, "para que ele possa verificar a qualidade", disse seu presidente Heitor Klein.

Michel Temer foi a um shopping chinês no sábado, 3, à tarde para comprar dois produtos que simbolizam a crise da indústria brasileira: sapatos e brinquedos. Em sua primeira viagem internacional, o peemedebista gastou o equivalente a R$ 389 em um par de calçados e R$ 195 em um cachorro eletrônico que fala chinês.

Na loja de sapatos Satchi, a vendedora se surpreendeu ao saber que havia atendido o presidente do Brasil e pediu para tirar uma foto ao lado dele. A marca é sediada em Guangdong, província do sul do país que foi o destino de várias fábricas de calçados que deixaram o Rio Grande do Sul nos 1990, em um dos principais exemplos de transferência de tecnologia e de empregos do Brasil para a China. Até então, o país asiático não tinha know-how de produção de sapatos de couro.

O site do jornal oficial chinês publicou uma foto do presidente brasileiro experimentando um par de sapatos de couro. 

A visita de Temer ao território chinês tinha, entre os objetivos, o de justamente ampliar o mercado nacional e aumentar a visibilidade do produto "made in Brazil". Por isso mesmo, a compra do sapato acabou não pegando bem. 

Ainda assim, o presidente da Abicalçados tentou minimizar a situação. "Não há nenhum constrangimento, nenhuma sensação de tristeza nem mal-estar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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