Em nota divulgada nesta segunda-feira (26) a Polícia Federal informou que o Ministério da Justiça não foi avisado sobre o conteúdo da Operação Omertà, deflagrada nesta segunda e cujo alvo principal é o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. Porém, sugeriu ao titular da pasta, Alexandre de Moraes, que não se ausentasse de Brasília, pois o caso poderia demandar sua atuação.
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A PF explicou que a conduta adotada desta vez é padrão. Esclareceu ainda que, em relação à 35ª fase da Lava Jato, o procedimento de "compartimentação e cuidado com a informação, que caracterizaram as quase 500 operações deflagradas este ano", foi o mesmo.
Sigilo
"Somente as pessoas diretamente responsáveis pela investigação possuem conhecimento de seu conteúdo", diz a nota, acrescentando que as datas de "desencadeamento das operações especiais de polícia judiciária são acompanhadas "apenas pelos responsáveis pela coordenação operacional".
"Como já foi amplamente demonstrado em ocasiões anteriores, o Ministério da Justiça não é avisado com antecedência sobre operações especiais. No entanto, é sugerido ao seu titular que não se ausente de Brasília nos casos que possam demandar sua atuação, não sendo informado a ele os detalhes da operação", explicou a PF.
Ao participar de um evento no domingo, em Ribeirão Preto, o ministro da Justiça declarou publicamente que haveria mais uma fase da Operação Lava Jato esta semana. Ele foi criticado por antecipar uma ação revestida de sigilo.