Eleições 2016

Crivella e Freixo vão para o segundo turno no Rio de Janeiro

Após 100% das urnas apuradas, Crivella teve 27,78% dos votos válidos, enquanto Freixo teve 18,26%

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Publicado em 02/10/2016 às 21:27
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Após 100% das urnas apuradas, Crivella teve 27,78% dos votos válidos, enquanto Freixo teve 18,26% - FOTO: Foto: Montagem/NE10
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O candidato Marcelo Crivella (PRB) vai disputar o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro contra o candidato Marcelo Freixo (PSOL).

Após 100% das urnas apuradas, Crivella teve 27,78% dos votos válidos, enquanto Freixo teve 18,26% dos votos.

Bispo da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella concorre pela terceira vez à prefeitura carioca. Engenheiro civil, com pós-graduação na Universidade de Pretoria, em Johannesburgo, África do Sul, também concorreu ao governo estadual em 2006 e 2014. Começou a trabalhar aos 14 anos como auxiliar de escritório e foi taxista. Ficou oito anos no Exército, foi professor universitário e servidor público.

Com 59 anos, Crivella nasceu na capital fluminense e é filho único de pais católicos. Em 2002, foi eleito para o Senado com mais de 3 milhões de votos. Foi reeleito para o período 2011 a 2019. Foi ministro da Pesca e Aquicultura no governo de Dilma Rousseff. O político publicou contos de cunho religioso e um livro sobre projeto que torna produtivas terras abandonadas pelo governo federal, na cidade de Irecê (BA).

Casado com Sylvia Jane há 36 anos é pai de três filhos e tem dois netos. Crivella chegou a ser considerado um dos principais intérpretes do gênero gospel no Brasil, com cerca de 16 álbuns musicais gravados.

Já o deputado estadual Marcelo Freixo, concorre pela segunda vez à prefeitura do Rio de Janeiro, dessa vez pela coligação "Mudar é Possível" (PSOL-PCB). Com 49 anos, Freixo nasceu em Niterói, foi professor de história e atuou durante duas décadas como ativista de direitos humanos. Foi voluntário no projeto de prevenção de HIV e aids nas prisões do estado em 1995 e 1996, coordenou projetos educativos no sistema penitenciário e fiscalizou presídios para garantir direitos dos presos até 2004. Foi filiado ao PT de 1986 a 2005, quando filiou-se ao então recém-criado PSOL, onde elegeu-se deputado estadual, em 2006.

Freixo ganhou visibilidade na imprensa quando presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, em 2007, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que investigou a ligação de parlamentares com grupos paramilitares e indiciou 225 pessoas. Sua atuação lhe rendeu inúmeras ameaças de morte e uma referência no filme Tropa de Elite 2, com o personagem Diogo Fraga, deputado que combatia milicianos. Em 2010, Freixo se reelegeu como segundo deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro e, novamente, em 2014, tendo sido o mais votado do país. É o atual presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj.

Demais candidatos

Pedro Paulo (PMDB), que concorria como candidato a sucessor de Eduardo Paes, ficou em terceiro lugar, com 16,12%. Flávio Bolsonaro (PSC) teve 14% e  ficou com a quarta colocação.

Índio da Costa (PSD) teve 8,99%; Osorio (PSDB), 8,62%; Jandira Feghali (PCdoB), 3,34%; Alessandro Molon (Rede), 1,43%; e Carmen Migueles (Novo), 1,27%; e Cyro Garcia (PSTU), 0,19%.

Thelma Bastos (PCO) teve 519 votos registrados, mas eles ainda precisam ser confirmados porque a candidata teve a candidatura indeferida e recorreu à justiça.

A abstenção no município do Rio de Janeiro chegou a 24,28%. Entre os votos registrados em urna 5,50% foram brancos e 12,76% foram nulos.

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