LAVA JATO

Em e-mail, Odebrecht diz que Palocci propôs 'compensação'

Preso na Segunda-feira passada, dia 26, alvo da 35ª fase batizada de Omertà, Palocci teria recebido propinas

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Publicado em 03/10/2016 às 13:15
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Preso na Segunda-feira passada, dia 26, alvo da 35ª fase batizada de Omertà, Palocci teria recebido propinas - FOTO: Foto: ABr
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A Operação Lava Jato reuniu e-mails e mensagens dos executivos da Odebrecht e da Braskem - petroquímica do grupo, em sociedade com a Petrobras - que indicam que o ex-ministro Antonio Palocci pode ter tentando "compensar" a empresa com negócios, inclusive na Petrobras, depois do insucesso na aprovação do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 460/2009, com texto que atenderia interesses fiscais do grupo.

Preso na Segunda-feira passada, dia 26, alvo da 35ª fase batizada de Omertà, Palocci teria recebido propinas pela atuação supostamente ilegal em favor do Grupo Odebrecht no Congresso e na Presidência. Ex-titular da Fazenda de Lula (entre 2003 e 2006) e ex-Casa Civil de Dilma (em 2011), o petista teria usado de seus contatos no Planalto em 2009 - quando era deputado federal pelo PT - para influir na decisão de aprovação da MP 460/2009.

Atuação

A Lava Jato sustenta que ele acertou propinas em troca de atuar para que o projeto de lei fosse aprovado no Congresso e depois sancionado pela Presidência com o reconhecimento do benefício de crédito-prêmio do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) até o ano de 2002. "Caso aprovada a medida provisória com o reconhecimento do direito à fruição do crédito prêmio do IPI, os exportadores (dentre os quais se enquadram as empresas do grupo Odebrecht) obteriam vantagem econômica equivalente a bilhões de reais", afirma a procuradora da República Laura Tessler.

 

 

 

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