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Cunha chega ao IML de Curitiba para realizar exame de corpo de delito

Após os exames, Cunha será levado de volta à carceragem da Polícia Federal

JC Online
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Publicado em 20/10/2016 às 9:19
FOTO: ANDRESSA ANHOLETE / AFP
Após os exames, Cunha será levado de volta à carceragem da Polícia Federal - FOTO: FOTO: ANDRESSA ANHOLETE / AFP
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Atualiazada às 10h20

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha chegou à sede do Instituo Médico Legal (IML) de Curitiba na manhã desta quinta-feira (20) para realização dos exames de corpo de delito. A realização dos exames é considerada padrão após a realização de sua prisão, na última quarta-feira (19).

Cunha chegou na sede do IML por volta das 10h da manhã do horário local (9h no horário do Recife). O procedimento durou cerca de 10 minutos. Após os exames, ex-deputado foi levado de volta à carceragem da Polícia Federal. Ainda não há previsão de tomada de depoimento de Cunha, já que sua prisão tem caráter preventivo.

Investigação

A investigação contra Eduardo Cunha sobre contas na Suíça abastecidas por propinas na Petrobras estava sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF). Cassado pela Câmara, o peemedebista perdeu o foro privilegiado perante a Corte máxima.

Os autos foram deslocados, então, para a 13ª Vara de Curitiba, base da Lava Jato. Na segunda-feira, 17, Moro intimou Eduardo Cunha para apresentar sua defesa prévia em ação penal que atribui ao ex-deputado US$ 5 milhões nas contas secretas que ele mantinha na Suíça.

A mulher de Eduardo Cunha, Cláudia, também é acusada na Lava Jato. Mais de US$ 1 milhão da propina que o peemedebista teria recebido sobre contrato da Petrobras no campo petrolífero de Benin, na África, foram gastos por ela em compras de luxo na Europa, segundo os investigadores. Cláudia adquiriu sapatos, bolsas e roupas de grife na França, Itália e em outros países europeus.

Bloqueio de bens

Além da prisão de Cunha, a Justiça Federal do Paraná também decretou decretou a indisponibilidade de bens do ex-presidente da Câmara no montante de R$ 220.677.515,24. A decisão foi dada pela 6.ª Vara Federal de Curitiba em ação civil de improbidade administrativa movida pela Procuradoria da República, na capital paranaense, contra o peemedebista.

Em outra frente de investigação, a Procuradoria propôs ação de improbidade contra o peemedebista. Esse tipo de processo não tem caráter penal - sanções previstas têm natureza civil, como inelegibilidade, perda dos direitos políticos, pagamento de multa e ressarcimento de danos ao erário, por isso foi ordenado o bloqueio milionário.

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