Vários executivos da empreiteira Odebrecht começaram, nesta quarta-feira (23), a assinar acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Os depoimentos dos executivos da empreiteira, que possuia um setor destinado ao pagamento de propinas, segundo investigação, devem arrolar ainda mais nomes políticos a casos de corrupção. Entre as delações, pode ter sido assinado o acordo do superintendente da empreiteira no Nordeste, que esteve envolvido com doações a políticos pernambucanos.
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Informações preliminares dão conta de que 78 executivos da empresa estão aptos a assinar o acordo, de forma individual. Após a assinatura, eles devem prestar depoimentos ao MPF, para confirmar as informações e os documentos repassados nos termos de confidencialidade, situação que funciona como uma antecipação à delação.
Cada executivo deve ser ouvido individulamente, por isso a previsão é de que a homologação dos acordos só seja feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano que vem. É estimado que, somente na fase dos termos de confidencialidade, 200 nomes políticos tenham sido citados.
Situação em Pernambuco
16 políticos pernambucanos são citados na lista de propina revalada pela Odebrecht. João antônio Pacífico é o superintende regional da empresa e possívelmente é um dos executivos que assinaram o acordo de delação, informação que ainda é confidencial. Pacífico foi mencionado em um e-mail da empresa, que revelou o 'setor de propinas'. Na mesma época, também foi revelado que o executivo atuou no repasse de valores a políticos de siglas como o PSB, PSDB, PT e PTB no Estado.
Marcelo Odebrecht
O proprietário da empreiteira, Marcelo Odebrecht, já fechou acordo de delação premiada. Até o fim deste mês, é esperado que o acordo seja homologado junto ao supremo.