Durante uma reunião realizada com interlocutores, nesta sexta-feira (23), em São Paulo, o presidente Michel Temer afirmou que planeja vetar o projeto que pretende anistiar o caixa 2, caso ele seja aprovado pela Câmara dos Deputados. A informação é da colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
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A anistia ao caixa 2 seria incluída dentro do pacote de medidas contra corrupção, apresentado pelo Ministério Público em março e aprovado em comissão especial da Câmara na última quarta-feira (23). Uma nova votação sobre o projeto está marcada para ocorrer na próxima terça-feira (29), após ser adiada no congresso pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por conta da falta de consenso entre os parlamentares com a pauta.
Líder do PSD na Câmara também afirma que Temer deve vetar anistia
Líder do PSD na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso (DF) também afirmou que o presidente deve vetar a proposta. O parlamentar publicou, em sua conta no Twitter, um vídeo afirmando que foi autorizado por Temer a divulgar a informação.
"Acabei de chegar de uma reunião com o presidente Michel Temer e ele me autorizou a divulgar para todo o Brasil, nas redes sociais, que caso o Congresso Nacional venha a aprovar qualquer tipo de anistia, não só ao caixa 2, mas também a qualquer outro crime, o presidente Temer vetará imediatamente qualquer tipo de iniciativa", afirmou Rosso.
— Rogério Rosso (@RogerioRossoDF) 26 de novembro de 2016
Fux: "caixa 2 pode ser analisada pelo STF"
Mais cedo, o ministro do Superior Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou que uma possível aprovação da anistia ao caixa 2 no Congresso poderia sofrer uma análise pela corte do STF. “Como [o projeto] vai acabar se encaminhando eventualmente para o STF, como é que vou me pronunciar sobre o mérito disso se eu posso amanhã ou depois ter que julgar e dizer se a lei procede ou não procede, se é razoável ou não?”, afirmou.
Fux também afirmou ser razoável que os magistrados se preocupem com a possibilidade de descriminalização de condutas prejudiciais ao Brasil, como uma possível anistia ao caixa 2. “Os juízes, como o juiz Moro, se preocupam com a descriminalização de condutas que trouxeram prejuízos ao país. Então é razoável que eles tenham essa manifestação quanto a essa possibilidade”, afirmou o magistrado.
