Foi instalada nesta quarta-feira (7), na Câmara dos Deputados, a comissão especial para analisar a PEC 58/2011, originalmente destinada a discutir a licença maternidade estendida para situações em que a mãe tem bebê prematuro. A comissão foi criada em reação à decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação - independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.
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Dominada pela bancada evangélica e por deputados conservadores, os discursos da primeira sessão foi de ataque à posição da 1ª turma do STF. Em nome da frente parlamentar evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) agradeceu a "coragem" do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de reagir ao "ativismo" dos ministros da Corte. "Mais uma vez, o STF numa atitude de ativismo exacerbado, usurpa o papel desta Casa", discursou Campos.
O parlamentar disse que o STF invadiu as prerrogativas do Poder Legislativo ao tomar uma decisão "infeliz" e que o direito à vida é inviolável. "O Supremo está agindo como se supremo fosse ".
PEC
O deputado João Campos é autor de uma PEC - junto com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que visa inserir no texto constitucional que o direito à vida é inviolável desde a concepção. Campos fez uma apelo para que a admissibilidade da PEC seja aprovada prontamente na CCJ para que ela seja apensada na proposta em discussão na comissão especial instalada hoje. "O assunto é correlato, portanto é pertinente", justificou.