O empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, depôs pelo segundo dia consecutivo aos investigadores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e da Procuradoria-Geral da República na tarde desta terça-feira (13).
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Preso desde 19 de junho de 2015, condenado a 19 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ele fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Além de Odebrecht, outros 76 executivos ligados à empreiteira fecharam acordo de colaboração.
Um deles é Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira. O anexo da delação de Melo Filho tem 82 páginas. Ele cita, inclusive, o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB, senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, além do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).
Outros ex-dirigentes da Odebrecht estão depondo ao longo desta semana a procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Acordo de leniência
A empresa, por sua vez, também fechou um acordo de leniência com três países, Brasil, Estados Unidos e Suíça, no qual se comprometeu a pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões a ser paga em 20 anos dividida entre os três países.