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Deputados do PSB avaliam possível desembarque da sigla da gestão Temer

Danilo Cabral, João Fernando Coutinho e Tadeu Alencar reforçam que partido não precisa seguir o governo peemedebista em todas as votações

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 14/12/2016 às 8:55
Edmar Melo/Acervo JC Imagem
Danilo Cabral - FOTO: Edmar Melo/Acervo JC Imagem
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O diretório nacional do PSB se reúne nesta quarta-feira, em Brasília, para discutir a conjuntura política e econômica do País, mas também tratará das especulações sobre uma possível saída do governo Michel Temer (PMDB). Nessa terça, em entrevista à Folha de S. Paulo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, filiado ao PSB, afirmou que não é o momento para “esse tipo de colocação”.

Essa também é a avaliação do deputado federal Tadeu Alencar (PSB). O pernambucano disse que não é hora para o partido debater a saída da gestão peemedebista. “Não vejo esse debate ter aderência neste momento. As decisões do PSB não são decisões oportunistas, mas pensadas. Não podemos fazer o jogo de ir para as ruas e gritar ‘Fora, Temer’. A gente tem responsabilidade”, disse.

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Outro deputado federal do PSB de Pernambuco, João Fernando Coutinho tem opinião semelhante. “Acho que a gente está vivendo um momento delicado, que requer cautela. Temos um ambiente turbulento e no momento devemos ter tranquilidade”, declarou.

Embora defendam a permanência do PSB no governo Temer, Tadeu Alencar e João Fernando Coutinho destacam que o partido está certo ao assumir uma postura de “independência” e ir  de encontro em algumas votações ao que propõe a administração peemedebista. Eles citam como exemplo a Reforma da Previdência. Os governistas têm pressa em aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o assunto, mas os socialistas, embora integrem o governo, querem um debate mais aprofundado.

“Não podemos jogar mais gasolina (em cima da crise do governo). Nossa posição de apoio ao governo é em função da governabilidade, mas isso também não quer dizer que vamos votar tudo que vem do governo”, afirmou João Fernando Coutinho. Tadeu Alencar reforça esse posicionamento. “Fizemos um debate sobre a Previdência e resolvemos tensionar (a discussão) porque os ouvidos para ouvir a voz das urnas existem, mas não funcionam”, declarou.

Para o deputado federal Danilo Cabral (PSB), o fato de o partido fazer parte do governo não implica em alinhamento automático. “Nosso padrão não é em cima do patrimonialismo e nem em cima do toma lá dá cá”, enfatizou.

O parlamentar também diz que o momento pede serenidade, mas acha normal que se aumentem as discussões em torno do desembarque do PSB da gestão Temer. “A situação de degradação do governo  está levando a uma reflexão”, avaliou.

REFORÇO

Quem também diz que o momento é de tranquilidade é o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Ele analisa que não tem sentido o partido desembarcar do governo, mas pondera que em algumas pautas a postura socialista pode divergir das premissas do governo Michel Temer.

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