LAVA JATO

Delatores afirmam que Odebrecht pagou imóvel para Instituto Lula

A compra do imóvel é o ponto central da denúncia que o juiz Sergio Moro aceitou na segunda-feira (19) contra Lula

JC Online e Estadão Conteúdo
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Publicado em 21/12/2016 às 9:21
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
A compra do imóvel é o ponto central da denúncia que o juiz Sergio Moro aceitou na segunda-feira (19) contra Lula - FOTO: Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
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Três delatores da Odebrecht confirmaram em depoimentos que a empresa comprou, no ano de 2010, um imóvel em São Paulo que seria destinado à construção de uma nova sede do Instituto Lula. As informações são da Folha de S. Paulo.

As declarações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias foram feitas na semana passada.

Lula se tornou réu pela quinta vez

A compra do imóvel é o ponto central da denúncia que o juiz Sergio Moro aceitou na segunda-feira (19) contra Lula. O ex-presidente se tornou réu pela quinta vez em ações penais nas Operações Lava Jato, Zelotes e Janus.

Também viraram réus nesta ação o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia, parte do valor das propinas pagas pela Construtora Norberto Odebrecht S/A foi supostamente lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula. O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.

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