Acidente

FAB descarta problema técnico no acidente que matou Teori Zavascki

Relatório apontou má condição visual como fator que pode ter contribuído para o ocorrido; na sexta (19) foi descartada a hipótese de 'ação criminosa'

JC Online com informações do UOL
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Publicado em 22/01/2018 às 16:41
Foto: Agência Brasil
Relatório apontou má condição visual como fator que pode ter contribuído para o ocorrido; na sexta (19) foi descartada a hipótese de 'ação criminosa' - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Um ano após o acidente com a aeronave em que estava o ministro do STF Teori Zavascki, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão subordinado à FAB (Força Aérea Brasileira), apresentou o relatório final da investigação do caso, nesta segunda (22). Nele, foi descartado a hipótese de pane ou mau funcionamento no veículo e apontado a má condição visual como fator que pode ter contribuído para o ocorrido.

No dia do acidente, que aconteceu às 13h44 em 19 de janeiro de 2017, a visibilidade estava abaixo da permitida para pousos, entre 10h e 16h. Além disso, entre 12h e 14h a nebulosidade estava mais intensa, devido à formação de nuvens com chuva. Segundo o investigador do Cenipa, coronel aviador Marcelo Moreno, desrespeitando as condições visuais e meteorológicas, não é possível realizar uma decolagem ou pouso seguros no aeroporto de Paraty.

O coronel ainda informou que a aeronave estava regularizada quanto à manutenção e documentação, estando essa com validade até abril de 2022 e aquela até abril de 2017, nessa ordem. “Não havia registros de panes ou mau funcionamento relacionados aos sistemas da aeronave", disse. Todas as fases ocorreram sem anormalidades, incluindo a  decolagem, subida, voo de cruzeiro e descida.

Investigação

O Cenipa é um órgão subordinado à FAB (Força Aérea Brasileira) e responsável pelas investigações de acidentes de avião no Brasil. Quanto ao acidente que resultou na morte de Teori Zavascki, 18 especialistas participaram da apuração, entre pilotos, meteorologista, mecânico de aeronaves, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e engenheiros aeronáutico e mecânico.

'Sem elementos de ação criminosa'

Na sexta (19), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais afirmou, em nota, que "elementos característicos de ação criminosa" não estavam presentes nos vestígios do acidente que matou o então relator da Operação Lava Jato na Corte máxima. Em nota, subscrita por seu presidente, Marcos Camargo, a entidade dos peritos anotou que "o acidente aéreo que vitimou o ministro Teori Zavascki há um ano deu origem a diversas especulações quanto a suas causas".

"Algumas envolviam a ideia de que uma conspiração para assassinar o então relator da Lava Jato no STF havia sido levada a cabo com o propósito de frear as decisões do ministro no âmbito da operação." A entidade considera que o trabalho dos peritos foi "fundamental para eliminar essa dúvida". 

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