Com a desistência do vice-governador de São Paulo, Márcio França, de disputar o comando da legenda, o PSB reconduziu Carlos Siqueira à presidência do partido durante o XIV Congresso Nacional, encerrado neste sábado em Brasília. A eleição foi feita por aclamação e foi preciso apenas que os delegados levantassem os crachás para apoiar os nomes do novo diretório nacional.
Em seu discurso após ser reconduzido ao cargo, Siqueira afirmou que o partido está unido e que espera que nas eleições deste ano se encerre a polarização entre PT e PSDB. "Temos que romper com essa polarização", disse. O partido ainda não tem uma definição de que rumo seguirá em relação a disputa pela presidência da republica, mas Siqueira destacou que o objetivo é buscar uma "solução que traga paz". "(uma solução) que acabe com divisão, acabe com a ideia de nós ou ele, pois todos somos brasileiros", completou.
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Ontem à noite, O PSB aprovou uma resolução em que praticamente fecha as portas para um apoio formal à candidatura à Presidência da República do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Pelo texto aprovado em reunião do congresso nacional, se o partido optar por apoiar algum candidato de fora, terá de ser alguém do campo de esquerda, alinhado programaticamente com o PSB.
Candidatura
O partido adiou a decisão sobre lançamento de candidatura própria e também colocou como possibilidade não fazer coligação formal no primeiro turno com nenhum candidato à Presidência, a fim de dedicar esforços na eleição de 10 governadores com potencial de vitória e na ampliação da bancada de deputados federais. O foco do PSB é se consolidar como um partido médio.
Em seu discurso no último dia do Congresso, França, que vai disputar o governo de São Paulo, disse que o partido vai mostrar a sua força nas urnas e que depois da eleição "sobraram apenas cinco ou seis" legendas. "E certamente o PSB estará entre elas", afirmou. França disse que o PDB tem que ter a "maturidade dos grandes partidos" e que acredita que a legenda recupera a chance de "voltar a ocupar os grandes cargos do Brasil".
A viúva de Eduardo Campos, Renata, que participou dos três dias do Congresso, foi citada por todos os oradores, incluindo França que afirmou à viúva que o "legado de Campos será honrado". "A presença de vocês nos inspira", disse França.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também fez uma fala no Congresso na qual destacou que o partido está crescendo "com coerência". "As eleições não serão fáceis pelo ambiente de divisão que o país está vivendo, mas o PSB dá um exemplo de unidade", afirmou.