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Lula pede tempo para Sepúlveda decidir sobre saída da defesa

O ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence demonstrou descontentamento sobre a estratégia de defesa do ex-presidente

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Publicado em 20/07/2018 às 19:51
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O ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence demonstrou descontentamento sobre a estratégia de defesa do ex-presidente - FOTO: Fotos: Agência Brasil
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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu um tempo a ele para resolver se deixará de ser um dos advogados do petista. Sepúlveda encontrou com Lula nesta sexta-feira (20) na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, onde o petista está preso desde abril após ter sido condenado em segunda instância na Operação Lava Jato. A reunião, com duração de quase três horas, ocorreu depois que o ex-ministro demonstrou descontentamento sobre a estratégia de defesa do ex-presidente, que é pré-candidato à Presidência nas eleições de 2018 apesar da condenação.

"Posso dizer apenas que o presidente me pediu alguns dias para buscar uma solução", disse Pertence após a reunião com Lula, ao ser questionado se deixaria ou não a defesa do petista.

Na saída da PF, o ex-ministro encontrou o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que, logo na sequência, também entrou na carceragem para visitar Lula. Sepúlveda não respondeu se aceitou ou não os dias para que Lula se decida sobre a defesa, mas Haddad emendou um "é claro" para a imprensa depois do questionamento.

Carta de Sepúlveda 

Na semana passada, Pertence encaminhou uma carta a Lula, na qual demonstrou descontentamento sobre ter sido contrariado publicamente por Cristiano Zanin Martins, outro advogado da equipe, sobre o pedido de prisão domiciliar para o petista. Zanin já havia descartado qualquer ordem nesse sentido, dizendo ser orientação do próprio ex-presidente.

Contrariando Zanin, o advogado do PT e da pré-campanha de Lula, Eugênio Aragão, declarou concordar com a estratégia adotada por Pertence. Para os juristas, com uma prisão domiciliar, Lula teria maior possibilidade de articulação de campanha.

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