Petistas criticaram a juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais de Curitiba, por não determinar imediatamente a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Embora a juíza justifique a demora de liberação pelo excesso dos pedidos de alvará, terá que fazê-lo, mais tardar amanhã", escreveu no Twitter a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann Em seguida, Gleisi classificou a decisão como "uma afronta" ao Supremo. "Enseja pena de prisão", completou.
Para o líder do partido na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), o despacho da magistrada "afronta o Estado de Direito e joga o Brasil numa crise institucional". A declaração do parlamentar foi dada na mesma rede social.
Juíza pediu manifestação do MPF
A juíza Carolina Moura Lebbos decidiu aguardar manifestação do Ministério Público Federal (MPF) para decidir sobre o pedido de soltura do ex-presidente. A defesa do petista pediu a liberdade após liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância antes do trânsito em julgado.
A magistrada afirmou em despacho que é necessária uma manifestação do MPF "em homenagem ao contraditório". A Procuradoria da Lava Jato em Curitiba foi intimida a se posicionar. Além disso, a juíza observou que a decisão de Marco Aurélio não foi publicada no Diário de Justiça Eletrônica, o que, para ela, afasta o efeito imediato da liminar.