PREVIDÊNCIA

Bolsonaro deve aproveitar popularidade para aprovar reforma em 2019, diz Ipea

O diretor-adjunto de Macroeconomia do Ipea afirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve aprovar a previdência em primeiro ano de mandato

Estadão Conteúdo
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Publicado em 20/12/2018 às 13:30
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O diretor-adjunto de Macroeconomia do Ipea afirmou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve aprovar a previdência em primeiro ano de mandato - FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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O governo deve aprovar ainda em 2019 a reforma da Previdência, aproveitando a popularidade mais alta do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em seu primeiro ano de mandato, como acontece tradicionalmente, afirmou nesta quinta-feira (20) o diretor-adjunto de Macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marco Antonio Cavalcanti.

"À medida que o tempo passa, fica mais difícil aprovar a Reforma da Previdência e cresce o custo para o País", disse o economista, após apresentar as projeções do Instituto para este ano e para os próximos.

Proposta de Temer

Para o Ipea, a reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer ao Congresso Nacional não será suficiente para resolver o problema fiscal do País. "Mesmo com a reforma da Previdência nos moldes em que se encontra hoje no Congresso, o cumprimento do teto exigiria medidas adicionais", afirmou o diretor de Macroeconomia do instituto, José Ronaldo de Castro.

Segundo o economista, o governo ainda tem margem para reduzir gastos, utilizando "diferentes combinações" de medidas. Como exemplos de alternativas de corte, ele cita a adoção de "outra reforma da previdência, que gere mais economia" às contas públicas.

Além disso, propõe mudanças na regra de abono salarial, para limitar o benefício aos trabalhadores que receberam até um salário mínimo no período de referência e alterações na regra de correção do salário mínimo.

Castro destaca ainda que "a reforma da Previdência em termos de gastos com servidores terá mais impacto nos Estados e municípios". O Ipea propõe que a reforma aborde os regimes próprios das duas instâncias de governo.

"A questão fiscal continua sendo o nó que aprisiona a economia brasileira na atual armadilha de baixo crescimento e o principal desafio de política econômica a ser enfrentado nos próximos anos", traz a Carta de Conjuntura relativa ao quarto trimestre deste ano, divulgada nesta quinta.

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