O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, manifestou nesta sexta-feira (21) tranquilidade em relação aos mandados de busca e apreensão executados nessa quarta-feira (19) pela Polícia Federal (PF), em sua residência, investigado pelos crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral. Ele foi denunciado por recebimento de repasses de R$ 58 milhões enquanto era prefeito de São Paulo, entre os anos de 2010 e 2016.
“O Ministério Público tem a obrigação de fazer a apuração. Estou muito tranquilo em relação à seriedade da conduta da minha empresa e, com certeza, em breve [o inquérito] será arquivado, por conta do material já enviado”, disse Kassab.
O ministro participou da inauguração de um hospital na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo Kassab, os R$ 300 mil encontrados na sua residência durante a operação serviam para cobrir despesas devido ao bloqueio dos seus bens. “É evidente que eu precisava fazer as minhas movimentações pessoais, a minha mobilidade, das pessoas que me acompanham. Os pagamentos são feitos em recursos porque eu estou impossibilitado, já há alguns meses, de fazer movimentação bancária”, explicou.
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Kassab, indicado para ocupar a Casa Civil do governador eleito, João Doria (PSDB), disse acreditar que o inquérito não seja um obstáculo. “Eu estou muito tranquilo em relação à seriedade das minhas ações e em relação à confiança do João Doria na nossa conduta”.
Medidas cautelares
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizou as medidas cautelares contra Kassab, foi secretário de Transportes de Kassab na época em que era prefeito da capital paulista. “Ele é um ministro sério, uma pessoa honrada, que cumpre o seu papel, é importante que o Poder Judiciário funcione bem. Eu tenho respeito pelo poder judiciário, pelo Ministério Público”, disse.