O futuro ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, disse nesta sexta-feira (21) que assumirá o cargo em 1º de janeiro, apesar de na quarta um juiz ter ordenado a suspensão de seus direitos políticos condenando-o por um crime de improbidade administrativa quando estava no governo do estado de São Paulo.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Salles, que já anunciou que vai recorrer da sentença, assegurou que o presidente eleito Jair Bolsonaro o manterá no cargo.
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O futuro presidente, que baseou sua campanha na luta contra a corrupção, reiterou em várias ocasiões que retirará de seu ambiente aqueles que provaram fatos de corrupção contra ele.
"O presidente [eleito] entendeu que esse processo e a decisão são muito mais um combate político-ideológico contra a postura que eu adotei na Secretaria do que qualquer ilegalidade formal, tanto que a própria sentença reconhece todos esses pontos, ou seja, que não há crime, que não há vantagem pessoal da minha parte, que não há dano", declarou Salles, o último ministro designado por Bolsonaro.
Secretário de Meio Ambiente
Advogado e presidente do movimento "Endireita Brasil", Salles foi secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo entre 2016 e 2017.
Durante o seu mandato, o Ministério Público abriu uma investigação por improbidade administrativa, considerando que ele alterou as propostas do plano de gestão de uma área de proteção ambiental para favorecer empresas privadas.
Salles, de 43 anos, sempre negou as acusações, mas acabou deixando o cargo em agosto de 2017 por motivos políticos, pouco mais de um ano após sua chegada.
A condenação desta quarta-feira também estabelece uma multa equivalente a dez salários recebidos quando exercia o cargo de secretário.