SEM RESTRIÇÕES

'Lei do silêncio? Tá louco. Comigo, não', diz general Santos Cruz

A espécie de 'lei' havia sido baixada pelo presidente Bolsonaro para evitar os frequentes desencontros de informações da equipe ministerial

Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/01/2019 às 17:39
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A espécie de 'lei' havia sido baixada pelo presidente Bolsonaro para evitar os frequentes desencontros de informações da equipe ministerial - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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Após a reunião ministerial desta terça-feira (8), o chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse não enxergar qualquer falta de sintonia entre integrantes da equipe. Questionado pela reportagem sobre uma espécie de "lei do silêncio" baixada pelo presidente Jair Bolsonaro para evitar novos desencontros de informações, como os da semana passada, Santos Cruz afirmou não saber de nada disso.

"Lei do Silêncio? Que é isso? Tá louco... Comigo não", reagiu o ministro, rindo. Ao ser lembrado das divergências entre os ministros Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e Paulo Guedes, Economia, o general argumentou que "aquilo é coisa do passado" e nem merece registro - Bolsonaro pediu "coesão" entre Onyx e Guedes.

"O episódio está completamente superado. Não tem falta de sintonia. O governo funciona por integração e é visível a harmonia. Qualquer assunto que você trata depende dessa integração entre ministérios. E aquilo lá é coisa do passado, já foi", insistiu o ministro.

Diretrizes

Onyx e Guedes têm reunião marcada nesta terça-feira, no Ministério da Economia, para definir as diretrizes da proposta de reforma da Previdência, a ser enviada ao Congresso em fevereiro. Na semana passada, mais do que problemas de comunicação, as idas e vindas do governo sobre o anunciado - e depois desmentido - aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) escancararam uma queda de braço entre o núcleo político e a área econômica do governo.

Seguindo a ordem de Bolsonaro, porém, Guedes disse não haver turbulências no horizonte. "Todo mundo acha que tem uma discussão entre nós, uma briga. Nós somos uma equipe muito, muito sintonizada", afirmou o titular da Economia, nesta segunda-feira, em referência a Onyx, após almoçar com o colega.

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