Fundação Nacional do Índio

Damares assina exoneração de diretora da Funai e confirma novo presidente

A saída de Azelene Inácio da Funai havia sido pedida na semana passada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro

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Publicado em 16/01/2019 às 21:03
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A saída de Azelene Inácio da Funai havia sido pedida na semana passada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro - FOTO: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, assinou a exoneração da diretora de proteção territorial da Fundação Nacional do Índio (Funai), Azelene Inácio. A ministra também assinou a nomeação de Franklimberg Ribeiro de Freitas para a presidência da Funai. As informações foram confirmadas à reportagem pela equipe de Damares Alves. Os atos têm previsão de serem publicados no Diário Oficial da União até esta quinta-feira (17).

A saída de Azelene Inácio da Funai havia sido pedida na semana passada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, após apurações de conflitos de interesse apontados em processo pelo Ministério Público Federal. Azelene, que é próxima da bancada ruralista e conhecida da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chegou a ter seu nome cogitado nos bastidores para assumir a presidência da Funai. Ela é uma das principais defensoras da ideia de abrir as terras indígenas para arrendamento e parcerias com produtores rurais.

Nos últimos dias, a informação é de que ela havia se recusado a deixar o cargo, por agora ser subordinada de Damares Alves, e que sentia "no governo do PT", por ser supostamente perseguida pela cúpula federal. A reportagem questionou Azelene sobre o assunto. Ele disse que não comentaria mais nada sobre o caso e desligou o telefone imediatamente.

Franklimberg volta a ser presidente da Funai

Franklimberg Ribeiro de Freitas, que volta a ser presidente da Funai, cargo que ocupou entre maio de 2017 e abril de 2018, deixou claro que vai fazer uma mudança geral de quadros na instituição. "Vamos trocar toda a diretoria", disse.

Em 16 dias, o governo do presidente Jair Bolsonaro fez mudanças radicais na estrutura da Funai. O órgão, que desde a sua fundação estava vinculado ao Ministério da Justiça, passou a ficar debaixo do recém-criado Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A missão da Funai de identificar e demarcar terras indígenas passou para as mãos da nova Secretaria de Assuntos Fundiários, ligada ao Ministério da Agricultura. Essa mesma Secretaria também vai cuidar dos processos de licenciamento ambiental de todos os tipo de obras do País.

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