O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, nesta quarta-feira (23), que os custos com propagandas da Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB) foram zerados. Além disso, Bolsonaro afirmou que o governo decidiu não renovar o contrato a agência de comunicação internacional CDN, responsável pela relação do Planalto com a imprensa estrangeira.
Segundo Bolsonaro, que está em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, o contrato com a agência era de R$ 30 milhões por ano.
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"O Ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, anunciou o fim do contrato de R$30 milhões por ano com assessoria de imprensa internacional", disse o presidente no Twitter.
O Ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, anunciou o fim do contrato de R$30 milhões/ano com assessoria de imprensa internacional. Além disso, zeramos os custos com propaganda da Caixa e BB neste início de governo e pretendemos encerrar de maneira justa e enxuta!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de janeiro de 2019
'Irresponsabilidade de governos anteriores'
Bolsonaro ainda afirmou que nas gestões anteriores à sua, os gastos com propaganda eram "mais uma das muitas fontes de ações escusas dos grupos que estavam no poder." O presidente ainda classificou os gastos que, de acordo com ele, ultrapassavam centenas de milhões de reais como "uma irresponsabilidade".
"Nos governos anteriores, esses gastos ultrapassavam centenas de milhões. Era mais uma das muitas fontes de ações escusas dos grupos que estavam no poder, cuja boa parte dos membros está presa. Uma irresponsabilidade em detrimento das reais demandas dos brasileiros e do Estado", tuítou Bolsonaro.
Nos governos anteriores, esses gastos ultrapassavam centenas de milhões. Era mais uma das muitas fontes de ações escusas dos grupos que estavam no poder, cuja boa parte dos membros está presa. Uma irresponsabilidade em detrimento das reais demandas dos brasileiros e do Estado!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de janeiro de 2019
À Folha de S. Paulo, a CND Comunicação Corporativa informou que a média anual de repasse nos últimos quatro anos foi de R$ 10 milhões. No período, a empresa foi responsável por assessorar o governo brasileiro em eventos como as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Apesar do valor global do negócio ser orçado em R$ 30 milhões por ano, o contrato dependia de serviços específicos a serem solicitados pelo Palácio do Planalto.
A CDN ainda informou que não considera o fim do contrato como ação atípica. Para empresa é normal que isso aconteça em mudanças de governo e próximo de atingir o limite máximo para renovação do negócio, que é de cinco anos.