CRISE NO GOVERNO

Decepcionado, Bebianno se reúne com Bolsonaro e reitera que não pedirá demissão

''O que chamam de inferno, eu chamo de lar'', falou Bebbiano sobre a crise no Planalto

JC Online
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Publicado em 14/02/2019 às 10:39
Foto: José Cruz/Agência Brasil
''O que chamam de inferno, eu chamo de lar'', falou Bebbiano sobre a crise no Planalto - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro-chefe da Secretária Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse ao jornal 'O Estado de S. Paulo' que vai se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta quinta-feira (14). Bebianno ainda reiterou que não pretende pedir demissão a Bolsonaro. "O que chamam de inferno, eu chamo de lar", falou Bebbiano sobre a crise no Planalto.

Nessa quarta-feira (13), o ministro já havia dito que não tem intenção de se demitir do cargo após ser desmentido publicamente por Jair Bolsonaro e pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro. "Não tenho essa intenção porque não fiz nada de errado. Meu trabalho continua sendo em benefício do Brasil. O presidente, se entender que eu não deva mais continuar, ele certamente vai me comunicar", declarou Bebianno à GloboNews.

Ainda nessa quarta (13), Carlos Bolsonaro, filho do presidente, usou o Twitter para desmentir Bebianno, que havia dito ter conversado três vezes com o presidente por telefone sobre as denúncias de que o PSL usou candidatas laranjas para desviar dinheiro do fundo eleitoral na eleição do ano passado. À época, Bebianno presidia a legenda. A intenção do ministro com a declaração era mostrar que não havia crise instalada no governo por causa do caso, revelado pelo jornal 'Folha de S. Paulo'.

A postagem de Carlos dizendo que Bebianno havia dito uma "mentira absoluta" foi posteriormente compartilhada por Bolsonaro. Ainda na noite desta quarta, o presidente confirmou à RecordTV que o ministro mentiu sobre o contato e afirmou que, caso seja comprovado o envolvimento de Bebianno no esquema, o destino dele será "voltar às suas origens".

"Triste e decepcionado"

Após a declaração do presidente, Bebianno fez um desabafo com amigos mais próximos e disse estar triste e sem palavras para definir o tamanho da decepção que sente. O ministro foi um dos primeiros a ajudar Bolsonaro, então candidato do PSL à Presidência, na sua corrida pelo Planalto. Bebianno chegou a lembrar que seu pai foi internado na UTI em novembro de 2017 e morreu em março de 2018, sem que ele estivesse ao seu lado pois estava na pré-campanha do capitão. O pai lhe teria liberado: “Vá cumprir sua missão”.

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