Reforma da Previdência

Líderes afirmam que reforma da Previdência encontrará resistência na Câmara

Líderes da Câmara demonstram que deve haver resistência ao texto que será apresentado pelo governo na próxima quarta-feira

Estadão Conteúdo
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Publicado em 16/02/2019 às 7:44
Foto: Câmara dos Deputados
Líderes da Câmara demonstram que deve haver resistência ao texto que será apresentado pelo governo na próxima quarta-feira - FOTO: Foto: Câmara dos Deputados
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Com as informações divulgadas até agora sobre a reforma da Previdência, que contemplam idade mínima e tempo de transição, líderes da Câmara demonstram que deve haver resistência ao texto que será apresentado pelo governo na próxima quarta-feira.

Para o deputado Arthur Lira (AL), líder do PP, o governo tem pecado na articulação com o Congresso. "Eu fiz um pedido para o governo para que fôssemos os primeiros a ser chamados, porque seremos os primeiros a ser demandados. Mas até agora temos apenas o que está sendo divulgado pela imprensa", afirmou. Para ele, faltou ao governo fazer "um aceno político" aos parlamentares.

Já o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), acredita que o presidente Jair Bolsonaro terá dificuldades para convencer a sua base de apoio no Congresso e a população em geral. Para ele, o próprio presidente, quando era deputado, foi contrário a aspectos centrais da sua atual proposta, como a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e de 62 anos, de mulheres "Quando ele estava aqui na Câmara, ele se manifestou, por muitas vezes, contrário a essa questão. Dizia que essa idade era uma desumanidade. Ele construiu uma trajetória com um discurso contrário ao que está sendo apresentado agora", disse.

Emendas

Antes mesmo de ver o texto na íntegra, o Solidariedade já alertou que vai apresentar emendas ao projeto. Para o presidente nacional do partido, Paulinho da Força, a reforma é necessária, mas a definição da idade mínima precisa levar em consideração as diferenças regionais do País. "Desconsiderar as diferenças regionais que existem no Brasil é muito grave, pois a variação de expectativa de vida de um Estado para outro é muito grande", disse o parlamentar.

Já o líder do PSL, Delegado Waldir (PSL-GO), disse que a reforma terá o total apoio da bancada. Os deputados do PSL se reúnem na semana que vem com Bolsonaro e o com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, para que haja consenso e pacificação entre os parlamentares sobre a reforma. A ideia é que eles sejam os primeiros a fazer uma defesa enfática do texto a ser enviado pelo governo ao Congresso.

Bolsonaro também vai se reunir com os líderes partidários. Eles serão recebidos para um café da manhã no Palácio da Alvorada na quinta-feira, dia 21. A intenção é convencer os deputados sobre a importância da aprovação do texto. De acordo com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), foram convidados os partidos que o governo acredita que estarão em sua base de apoio. Já da oposição, foram chamados apenas o PSB e o PDT. Os líderes do PT, PCdoB, Psol, Rede e PPL ficarão de fora da conversa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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