FILHO DO PRESIDENTE

Eduardo Bolsonaro vota sim e diz que PEC do orçamento não é derrota para governo

A PEC engessa parcela maior do Orçamento e torna obrigatório o pagamento de despesas hoje passíveis de adiamento

Estadão Conteúdo
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Publicado em 27/03/2019 às 11:06
Foto: Will Shutter / Câmara dos Deputados
A PEC engessa parcela maior do Orçamento e torna obrigatório o pagamento de despesas hoje passíveis de adiamento - FOTO: Foto: Will Shutter / Câmara dos Deputados
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi um dos 453 deputados que deram voto favorável à proposta de emenda à Constituição (PEC) 2/15. Aprovada em dois turnos na Câmara, a PEC do Orçamento engessa parcela maior do Orçamento e torna obrigatório o pagamento de despesas hoje passíveis de adiamento, como emendas de bancadas estaduais e investimentos em obras.

Na prática, a PEC reduz o poder do Executivo sobre gastos públicos e tem sido vista como uma importante derrota para o governo na Câmara. O filho do presidente discorda. Depois de votar sim, Eduardo lembrou que ele e o pai foram favoráveis ao projeto em 2015, quando foi apresentado e acabou ficando parado. Na ocasião, os dois eram oposição ao governo Dilma Rousseff (PT).

"De maneira nenhuma se trata de uma derrota do governo, mas, sim, de uma relação harmônica entre os poderes", afirmou Eduardo, que votou quando a derrota para o governo já estava configurada.

Recado

A aprovação foi um recado dos deputados para o Palácio do Planalto. Insatisfeitos com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não negociar com partidos, líderes de várias siglas decidiram emparedar o governo. Apenas seis deputados, entre eles a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), e os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-RJ), se posicionaram contra a PEC.

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