Na defesa do fim dos privilégios com a reforma da Previdência apresentada pelo governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Legislativo tem aposentadorias 20 vezes superior em média à do INSS.
Em audiência na CCJ, o ministro destacou que a aposentadoria média dos parlamentares é de R$ 28 mil, enquanto a dos trabalhadores da iniciativa do INSS que recebem pelo INSS é de R$ 1,4 mil.
Segundo ele, a sociedade vê essa diferença e cobra mudanças. Guedes destacou que a proposta remove privilégios e reduz a desigualdades do sistema previdenciário, garantindo sustentabilidade fiscal de um regime que está condenado.
"Estamos tentando abrir a porta para um futuro diferente para gerações futuras", disse Guedes em audiência tensa na CJJ da Câmara. Ele cobrou coragem dos "contemporâneos" de atacar o problema "tirando de onde tiver que tirar".
O ministro disse que é preciso reconhecer a dimensão fiscal do problema da Previdência. Guedes ponderou que essa dimensão fiscal inescapável não tem bandeira e nem cor partidária.
"Concordo que, na hora de curar, os efeitos são diferentes. E aí as colorações políticas fazem a diferença", reconheceu. Guedes disse que os prefeitos e governadores pedem uma ação coordenada e harmônica para resolver o problema e que os "abriguem".
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Bomba
O ministro comparou o modelo de Previdência no País à uma bomba de destruição em massa. Para ele, a Previdência do Brasil a um avião que tem um financiamento perverso que tira emprego dos mais jovens. Na sua avaliação, o sistema atual de repartição e com encargos trabalhistas elevados retira recursos que prejudicam os mais jovens desempregados.
"Há mais problema a bordo desse avião. O sistema financia a aposentadoria do idosos desempregando trabalhadores. É uma forma perversa de financiar cobrando encargos trabalhistas", ponderou Guedes.
Guedes ressaltou que 40 milhões de brasileiros estão excluídos do mercado de trabalho e pressionarão, no futuro, a Previdência, porque não contribuem para o sistema.
O ministro disse que o sistema atual está quebrado. Ele fez questão de ressaltar que o modelo atual promete resultados crescentes com o reajuste das aposentadorias pelo salário mínimo, mas não consegue levar poupança para pagar os benefícios no futuro.
"É outro foco de fragilidade. Vão prometendo cada vez mais, para cada vez mais gente, como salários mais altos, e não leva nada para o futuro", disse.
O ministro disse que o sistema de repartição da Previdência está geneticamente condenado.