A comissão especial que discute as mudanças ministeriais do governo Bolsonaro aprovou nesta quinta-feira (9) a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), hoje no Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta comandada por Sérgio Moro, para o Ministério da Economia, sob o comando de Paulo Guedes. A demanda ainda deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entrar em vigor.
Dos 25 parlamentares, 14 votaram a favor da medida. O Coaf foi criado em 1998 e é um órgão de inteligência financeira que investiga operações suspeitas.
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Ajuda do Centrão e da oposição
Parlamentares do Centrão e da oposição assinaram dois requerimentos para tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e recolocar o órgão no Ministério da Economia.
Assinaram o pedido os líderes de PT, PRB, PTB, PP, MDB, Pode, PSC, DEM, PR, Solidariedade e Patriotas na Câmara. Somadas, as bancadas têm 272 deputados federais, quantidade suficiente para uma votação em maioria no plenário da Casa.
Líderes do Centrão, no entanto, não estão contando com uma vitória garantida na comissão do Congresso que deve votar a medida provisória da reestruturação ministerial nesta quarta-feira, 8. Eles calculavam ter 11 votos dos 14 necessários no colegiado para que o Coaf volte à pasta da Economia.