Reforma

'Se não estivéssemos discutindo Previdência, País estaria em crise enorme', diz Guedes

Segundo Guedes, se os parlamentares não estivessem debruçados sobre a questão fiscal, o "dólar já teria estourado"

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Publicado em 04/06/2019 às 15:35
FABIO RODRIGUES POZZEBOM /  AGÊNCIA BRASIL
Segundo Guedes, se os parlamentares não estivessem debruçados sobre a questão fiscal, o "dólar já teria estourado" - FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 4, que se o governo e o Congresso não estivessem discutindo a reforma da Previdência o Brasil já estaria em uma crise enorme. Segundo ele, se os parlamentares não estivessem debruçados sobre a questão fiscal, o "dólar já teria estourado".

"A reforma da Previdência á apenas o início. Quando falamos em impacto de R$ 1 trilhão não estamos cortando, mas recalibrando despesas futuras", afirmou, em audiência pública na Comissão de Finanças de Tributação (CFT) da Câmara.

O ministro voltou a defender a potência fiscal de R$ 1 trilhão em dez anos da proposta de reforma do governo para a Previdência "Temos insistido manter esse impacto porque nos permite encerrar fase de contenção. Aí passamos para a agenda construtiva", argumentou. "Essa força fiscal nos permitirá escapar de uma armadilha que aprisiona o Brasil em um desemprego em massa e no baixo crescimento econômico", completou.

Crítica 

Ele adiantou que as deduções e isenções de tributos deverão ser atacadas na reforma tributária. Guedes novamente criticou a postura dos bancos públicos em governos anteriores, quando, segundo ele, os empréstimos eram voltados para empresas mais capitalizadas, aprofundando desigualdades. "Há algo de muito ruim a ser corrigido. E o desajuste fiscal é a manifestação extrema sobre esse descontrole dos gastos públicos", acrescentou

Guedes compareceu na comissão na condição de convocado - que exige presença obrigatória -, e não como convidado. "Agradeço convite ou convocação da comissão, da mesma forma eu viria. Tenho uma visita ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque temos caso sendo julgado, lamento ter que sair às 19h", completou o ministro.

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