Ciente dos riscos que o mau uso de tecnologias pode causar a setores como os elétrico, financeiro, nuclear e de telecomunicações, o Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) do governo faz, até a quinta-feira (4), uma série de simulações para a proteção cibernética dessas estruturas estratégicas para o país.
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Chamado de Exercício Guardão Cibernético 2.0 (EGC 2.0), esse treinamento reproduzirá, por meio do Simulador de Operações Cibernéticas (Simoc), situações de ataques contra infraestruturas consideradas críticas, de forma a incrementar a proteção do espaço cibernético.
Segundo o ComDCiber, “será empregado um cenário fictício de não-guerra, envolvendo os setores estratégicos e partindo de uma situação de normalidade para um estado de grave crise no espaço cibernético”.
Diante dessa situação, será demandado o emprego do Comando de Defesa Cibernética como comando operacional conjunto para coordenar e integrar as ações voltadas para restabelecer o funcionamento dos ativos de informação das infraestruturas críticas afetadas – no caso, os setores elétrico, financeiro, nuclear e de telecomunicações, além de Forças Armadas, e de alguns órgãos parceiros do setor público.
Metas a serem alcançadas
Com o treinamento, o EGC 2.0 pretende ampliar a integração desses setores, de forma a exercitar e aperfeiçoar processos decisórios, visando uma atuação colaborativa tanto na prevenção como na solução e redução de danos decorrentes de ameaças via espaço cibernético.
Além disso, tem-se como meta verificar a efetividade dos procedimentos adotados, bem como criar condições para que empresas e organizações ligadas a setores estratégicos simulem incidentes e aprendam com eles, aperfeiçoando processos e protocolos internos.
A simulação abrange 211 participantes e 39 empresas e organizações. Entre eles, representantes de gabinetes de crise de áreas de tecnologia da informação, comunicação social, jurídica e da alta administração; ministérios da Defesa, Justiça, Relações Exteriores, Gabinete de Segurança Institucional; bem como representantes da comunidade acadêmica, do Banco Central, de bancos públicos e privados, e de empresas que atuam nos setores considerados estratégicos.