Conhecida por ser a advogada do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou que Eduardo Bolsonaro (PSL) deveria recusar o convite para se tornar embaixador do Brasil nos Estados Unidos por causa dos seus eleitores. Segundo a advogada, o parlamentar que ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados precisa se lembrar dos dois milhões de eleitores que o elegeram nas eleições passadas.
"Eduardo tem muito a fazer na Câmara e na Presidência Estadual do PSL. Sei que o convite é muito tentador. Mas o certo é recusar. Ele assumiu responsabilidades no Brasil. Precisa cumprir. Basta agradecer a deferência e declinar", disse Janaina pelo Twitter.
Não estou questionando capacidade, nem possibilidade jurídica. Estou questionando se é certo abandonar os eleitores. Ninguém me perguntou, mas eu digo que não.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 13 de julho de 2019
Ainda de acordo com a parlamentar, esse trabalho seria do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e não dele. Janaina conclui a publicação sobre o assunto afirmando que crescer significa que Eduardo precisará dizer não ao pai.
Quem fez Eduardo Bolsonaro Deputado Federal foi o povo. Isso precisa ser respeitado. Crescer, muitas vezes, implica dizer não ao pai.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 13 de julho de 2019
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Votos
Para ter sua nomeação como embaixador confirmada, Eduardo deverá passar por uma sabatina na comissão e, em seguida, ser submetido a uma votação secreta. Depois, é a vez de o plenário do Senado dizer se aceita ou não o escolhido pelo presidente. Ele precisará do voto favorável da maioria dos 81 senadores - também em votação secreta.
Conforme registros da Comissão de Relações Exteriores, apenas uma indicação presidencial para embaixador foi rejeitada ao longo da história. Em 2015, a então presidente Dilma Rousseff enviou o nome de Guilherme Patriota, irmão do ex-chanceler Antônio Patriota, para a vaga de embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), mas ele não teve aval da maioria dos senadores.