'Viés ideológico'

Bolsonaro volta a criticar o governo venezuelano

O presidente disse que não quer para nenhum outro país da América do Sul o que hoje vem acontecendo com a Venezuela

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Publicado em 17/07/2019 às 15:32
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O presidente disse que não quer para nenhum outro país da América do Sul o que hoje vem acontecendo com a Venezuela - FOTO: Foto: EBC
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o governo venezuelano, dessa vez durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul. Durante discurso na sessão plenária do evento, o presidente disse que não quer para nenhum outro país da América do Sul o que hoje vem acontecendo com a Venezuela. E aproveitou para sinalizar pela eleição de Maurício Macri na Argentina, que disputa com Cristina Kirchner.

"Não queremos nem mais em nenhum outro país da América do Sul o que vem acontecendo com a nossa Venezuela. Pedimos a Deus que nos dê inteligência para que o futuro da Venezuela seja esse nosso hoje, de democracia. Como pode uma país tão rico chegar onde chegou? E a gente sabe como nasceu, o populismo e a irresponsabilidade e um projeto de poder que não tinha limites", disse, completando: "A responsabilidade do voto é de cada um de nós, para aquele que tem compromisso com liberdade, democracia e prosperidade possa ocupar o cargo na nação. Não há mais espaço para governos autoritários".

Ele ainda afirmou que não deseja que os países da América do Sul formem uma única "pátria grande". "Queremos países autônomos e democráticos", disse.

Eliminar víes ideológico do Mercosul

Bolsonaro também afirmou que o acordo com a União Europeia representa "resultado concreto" de uma nova orientação do bloco, sem viés ideológico. "Quero aproveitar ocasião para firmar o compromisso do governo para modernização e abertura do bloco. Sem viés ideológico, que tanto critiquei enquanto parlamentar. Vencemos essa barreira", afirmou.

O presidente disse que quer trabalhar para um Mercosul "mais enxuto e dinâmico" e que pretende, como novo presidente pró-tempore do bloco, continuar com o trabalho argentino de extinguir comissões que estão obsoletas.

Ele afirmou que, externamente, o Brasil quer, à frente do Mercosul, dar prosseguimento aos fechamentos de acordos com outros países. A posição do presidente brasileiro foi endossada pelo chefe de Estado argentino, Mauricio Macri. "Acordo com União Europeia não é ponto de chegada, é ponto de partida", disse. Nos últimos dias, os técnicos dos quatro países do bloco sinalizaram que há acordos já engatilhados com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês) e com o Canadá.

Já internamente, entre os membros do Mercosul, Bolsonaro disse que quer se dedicar "a fazer uma união aduaneira" e à modernização de regulamentos sobre comercialização de bens e serviços. "Trabalharemos para incluir automóveis e açúcar na união aduaneira dentro do Mercosul", afirmou.

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