hackers

Primeiro celular invadido teria sido de promotor de Araraquara

'Vermelho', hacker apontado como invasor dos celulares, confirmou acesso em seu depoimento

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 25/07/2019 às 16:20
Foto: Pixabay
'Vermelho', hacker apontado como invasor dos celulares, confirmou acesso em seu depoimento - FOTO: Foto: Pixabay
Leitura:

A primeira vítima de Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", preso na terça-feira (23) suspeito de invadir celulares de autoridades foi um promotor de Araraquara Marcel Zanin Bombardi. "Vermelho", segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, disse que, a partir dos contatos do aparelho do promotor, teve acesso a outros números de autoridades.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (25) "Vermelho" afirmou aos investigadores da Operação Spoofing ter dado acesso ao jornalista Glenn Greenwald as informações capturadas do aplicativo Telegram.

De acordo com fontes ouvidas, Walter disse que não pediu nenhuma contrapartida financeira para repassar as informações ao jornalista. A defesa de Glenn, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas".

A invasão ao celular do promotor de Araraquara teria como motivação o fato de "Vermelho" ter sido denunciado por ele, em 2015, em um caso envolvendo tráfico de drogas.

Além de Walter, outras três pessoas estão presas em Brasília suspeitas de participarem da invasão a celulares de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados na terça-feira.

Bolsonaro via Twitter 

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (25), em sua conta no Twitter, que a ação dos hackers que invadiram seu telefone celular é “um atentado grave contra o Brasil e suas instituições”. O telefone celular do presidente da República foi alvo da ação do grupo suspeito de invadir ao menos mil linhas telefônicas, incluindo a de várias autoridades públicas, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ainda nas redes sociais, o presidente destacou que não trata de temas sensíveis ou de segurança nacional por celular.

Últimas notícias