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Glenn divulga diálogo com fonte que diz que 'só puxou mensagens' de Moro

Em conversa com jornalista, fonte diz não ter trocado mensagens a partir do celular do ministro Sergio Moro

JC Online
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Publicado em 26/07/2019 às 11:59
Foto: Evaristo Sá/AFP
Em conversa com jornalista, fonte diz não ter trocado mensagens a partir do celular do ministro Sergio Moro - FOTO: Foto: Evaristo Sá/AFP
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O jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, divulgou um diálogo, que teria acontecido no dia 5 de junho, entre ele e a fonte que lhe entregou mensagens atribuídas ao ministro e ex-juiz Sergio Moro e a membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. A conversa foi revelada pela revista Veja nesta sexta-feira (26), nela a fonte nega que tenha sido responsável pela invasão ao Telegram de Moro.

No diálogo, o jornalista americano pergunta se a fonte havia lido uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que falava sobre a invasão ao celular do ministro da Justiça e Segurança Pública. O título da matéria dizia que o hacker usou aplicativos do aparelho e trocou mensagens por seis horas. “Posso garantir que não fomos nós. Nunca trocamos mensagens, só puxamos. Se fizéssemos isso ia ficar muito na cara”, diz a fonte em uma mensagem, transcrita com a grafia original.

‘Hackers newbies'

A fonte ainda criticou o modus operandi usado na invasão do celular de Moro. “Nós não somos ‘hackers newbies’ [amadores], a notícia não condiz com nosso modo de operar, nós acessamos telegrama com a finalidade de extrair conversas e fazer justiça, trazendo a verdade para o povo.

Segundo Greenwald, o primeiro entre ele e a fonte aconteceu no início de maio, um mês antes da denúncia feita pelo Ministério da Justiça. Ele ainda afirma que foi apresentado à fonte por um intermediário e que todos os contatos foram feitos virtualmente.

O jornalista ainda diz desconhecer a identidade do hacker, que teria extraído todo material do Telegram de Dallagnol. Além disso, o americano afirma que não pagou pelos conteúdos entregues pela fonte. “A fonte me disse que não pagou por esses dados e não me pediu dinheiro algum em troca desse conteúdo”, falou.

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