O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) disse neste domingo (4) que brigas entre os poderes da República só têm um perdedor: a população. Ele disse estar trabalhando pelo País, assim como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
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"Todos nós temos acusações, alguns mais ou menos, mas temos a responsabilidade de tocar o Brasil para frente. Não vou criticar o Legislativo e o Judiciário, e espero que eles não me critiquem também", afirmou, em discurso durante um culto evangélico em Brasília. "Não trabalho pensando em 2022. Isso será uma consequência se trabalharmos bem", completou.
Bolsonaro participou nesta manhã da celebração de 25 anos da Igreja Apostólica Fonte da Vida. Ele se emocionou e chegou a chorar durante o culto quando o pastor Apóstolo César Augusto lembrou ter visitado o presidente no hospital após o atentado sofrido por ele durante a campanha eleitoral no ano passado.
Para o público da igreja, Bolsonaro disse que o advogado-geral da União (AGU) "é pastor e terrivelmente evangélico". O presidente já afirmou diversas vezes que pretende indicar um ministro "terrivelmente" evangélico para o Supremo Tribunal Federal. "Eu sou terrivelmente cristão", completou, sob aplausos do público.
Bolsonaro lembrou também que sua primeira viagem oficial neste ano foi para Israel e apontou que o escritório de negócios do Brasil em Jerusalém estaria quase concluído.
Legalização do garimpo
Na última sexta-feira (2), o presidente afirmou que considera realizar uma consulta pública sobre a liberação de mineração em terras indígenas antes de enviar ao Congresso um projeto de lei sobre o tema. Durante o culto que participou na manhã deste domingo, enquanto falava para o público da igreja, o presidente voltou a defender a legalização do garimpo no Brasil.
"Fizemos uma pesquisa e 70% das pessoas é contra legalizar o garimpo. Mas é preciso conhecer a realidade daquelas regiões. Vão continuar existindo na Amazônia garimpeiros que só sabem fazer isso. A legalização vai dar dignidade a eles", defendeu, em discurso de mais de meia hora, na celebração de 25 anos da Igreja Apostólica Fonte da Vida.
Bolsonaro também voltou a dizer que o governo irá questionar contratos firmados por administrações anteriores para estrangeiros explorarem minas de nióbio no Brasil.