TETO DE GASTOS

Bolsonaro defende ajuste no teto de gastos, diz porta-voz do Planalto

A informação foi dada pelo porta-voz do presidente Bolsonaro; confira

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 04/09/2019 às 19:27
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
A informação foi dada pelo porta-voz do presidente Bolsonaro; confira - FOTO: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Leitura:

O presidente Jair Bolsonaro defende mudanças na regra do teto de gastos, que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. A informação foi dada nesta quarta-feira (04) pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

''Se mudança no teto não for feita, tendência é governo ficar sem verba para manter máquina'', disse o porta-voz. Segundo ele, o governo não irá exigir mais impostos da sociedade. A mudança ainda não foi definida. O presidente vai deliberar sobre qual ajuste fará na regra criada no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, a partir de um estudo que está sendo feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Como o Estadão/Broadcast antecipou, a mudança na regra é defendida pela Casa Civil e pelo comando das Forças Armadas.

Bolsonaro votou, como deputado, a favor da instituição do teto de gastos. Segundo o porta-voz, ''as pessoas evoluem na medida em que percebem modificações de conjuntura''.

''Acho que daqui a dois ou três anos vai zerar as despesas discricionárias (gastos de custeio e investimentos). É isso? Isso é uma questão de matemática, nem preciso responder para você, isso é matemática'', disse Bolsonaro pela manhã.

Aperto fiscal

Como mostrou o Broadcast/Estadão, a preocupação com o aperto fiscal no grupo político e militar ao redor do presidente cresceu porque, mesmo que o governo consiga ampliar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas nos próximos anos, o teto de gastos apertado e o avanço das despesas obrigatórias (como o pagamento de salários e aposentadorias) reduzirão o espaço para investimentos em obras e programas do governo, dificultando a estratégia do presidente de deixar a sua marca. O próprio Bolsonaro já admitiu que o Orçamento enxuto atrapalha uma possível reeleição em 2022.

Últimas notícias