O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu mudanças no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na sua visão, o fundo não deve ser usado para atender a objetivos de curto prazo, como o consumo das famílias, e, sim, servir como uma poupança para os trabalhadores, vinculado ao futuro sistema de capitalização que pode ser implantado nos próximos anos no País.
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"O FGTS tem que tentar caminhar para o regime de capitalização, com contas individuais. O trabalhador tem que ter o direito de aplicar o dinheiro dele onde entender que é melhor", defendeu neste terça-feira, 15, durante participação no evento Empresas Mais, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
"Não acho que a gente deva, em um país onde as pessoas têm informação, e estão todas endividadas, estimular o caixa. Não é isso que vai sustentação ao crescimento do nosso País", afirmou Maia, fazendo críticas indiretas à recente liberação de saques do fundo para reanimar a economia, cujo crescimento está em um ritmo abaixo do previsto no começo do ano. "Estimular o consumo ou qualquer outro gasto com o dinheiro do FGTS não vai criar nenhum resultado relevante", completou.
Taxa de administração
Maia afirmou também que a Caixa Econômica Federal reduza a taxa de administração de 1% sobre o valor total dos ativos do FGTS, de cerca de R$ 550 bilhões. Além disso, defendeu que os cotistas do fundo devem ter uma remuneração, no mínimo, igual à da inflação. "O problema é que a Caixa está tomando R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões dos trabalhadores. Se vai ter lucro de R$ 30 bilhões, por que não devolver R$ 7 bilhões para os trabalhadores?", questionou.