APLICAÇÃO

Maia defende FGTS como poupança vinculado a sistema de capitalização

Para o presidente da Câmara, FGTS deve servir como uma poupança para os trabalhadores

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Publicado em 15/10/2019 às 14:35
Foto: Caixa/Divulgação
Medida Provisória 927, que dispõe sobre as medidas trabalhistas que podem ser tomadas e dispõe regras sobre o teletrabalho. - FOTO: Foto: Caixa/Divulgação
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu mudanças no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na sua visão, o fundo não deve ser usado para atender a objetivos de curto prazo, como o consumo das famílias, e, sim, servir como uma poupança para os trabalhadores, vinculado ao futuro sistema de capitalização que pode ser implantado nos próximos anos no País.

"O FGTS tem que tentar caminhar para o regime de capitalização, com contas individuais. O trabalhador tem que ter o direito de aplicar o dinheiro dele onde entender que é melhor", defendeu neste terça-feira, 15, durante participação no evento Empresas Mais, realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Não acho que a gente deva, em um país onde as pessoas têm informação, e estão todas endividadas, estimular o caixa. Não é isso que vai sustentação ao crescimento do nosso País", afirmou Maia, fazendo críticas indiretas à recente liberação de saques do fundo para reanimar a economia, cujo crescimento está em um ritmo abaixo do previsto no começo do ano. "Estimular o consumo ou qualquer outro gasto com o dinheiro do FGTS não vai criar nenhum resultado relevante", completou.

Taxa de administração

Maia afirmou também que a Caixa Econômica Federal reduza a taxa de administração de 1% sobre o valor total dos ativos do FGTS, de cerca de R$ 550 bilhões. Além disso, defendeu que os cotistas do fundo devem ter uma remuneração, no mínimo, igual à da inflação. "O problema é que a Caixa está tomando R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões dos trabalhadores. Se vai ter lucro de R$ 30 bilhões, por que não devolver R$ 7 bilhões para os trabalhadores?", questionou.

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