Ex-assessor

Queiroz cuida da vida dele, eu cuido da minha, diz Bolsonaro sobre áudio divulgado

Áudio divulgado pelo jornal O Globo, o ex-assessor do filho do presidente Fabrício Queiroz aparece negociando cargos no Congresso

JC Online
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Publicado em 24/10/2019 às 13:31
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Áudio divulgado pelo jornal O Globo, o ex-assessor do filho do presidente Fabrício Queiroz aparece negociando cargos no Congresso - FOTO: Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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Em Pequim, na China, o presidente Bolsonaro (PSL) comentou o áudio em que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), seu filho, aparece negociando cargos no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira (25), o presidente negou ter relações com Queiroz, que este ano já tinha sido acusado de praticar rachadinha no gabinete de Flávio. O material foi divulgado pelo Jornal O Globo. 

"Eu não sei dessa informação. Por favor, por favor. O Queiroz cuida da vida dele, eu cuido da minha", disse o presidente. Com a insistência dos jornalistas presentes sobre o tema, o presidente ameaçou se retirar do local de entrevistas. "Por favor, a minha preocupação aqui para eu não acabar a entrevista com vocês é tratar das questões do interesse de todos os brasileiros", afirmou.

Em um momento posterior, novamente questionado sobre as falas, o presidente afirmou não ter mais contato com o ex-assessor. "Ele falou que está negociando cargo, é isso? "Eu não falo com o Queiroz desde que aconteceu esse problema", reafirmou o prsidente.

Entenda o caso

Um áudio atribuído ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, revela que ele continua sendo consultado acerca de nomeações no Legislativo e que possui "capital político", mesmo oito meses após sua exoneração do gabinete do senador e filho do presidente Jair Bolsonaro. O conteúdo, de junho deste ano, foi divulgado pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (24).

Em conversa por áudio via WhatsApp, o ex-policial dá instruções a um interlocutor não identificado sobre como fazer indicações políticas em gabinetes de parlamentares. No diálogo, ele sugere que as indicações poderiam ser feitas através de comissões ou em gabinetes de outros deputados e senadores, e não apenas em cargos vinculados à família Bolsonaro.

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