CASO MARIELLE

'Envolvimento do nome do presidente é disparate', diz Moro sobre porteiro

O nome de Bolsonaro tinha sido citado por porteiro do condomínio onde mora o presidente, atribuindo a "seu Jair" a entrada no local de Elcio Queiroz, acusado de matar a vereadora; o porteiro recuou nessa terça (19)

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Publicado em 21/11/2019 às 9:48
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O nome de Bolsonaro tinha sido citado por porteiro do condomínio onde mora o presidente, atribuindo a "seu Jair" a entrada no local de Elcio Queiroz, acusado de matar a vereadora; o porteiro recuou nessa terça (19) - FOTO: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, classificou de "disparate" o envolvimento do nome do presidente Jair Bolsonaro na investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O nome de Bolsonaro tinha sido citado por porteiro do condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio, onde mora o presidente, atribuindo a "seu Jair" a entrada no local de Elcio Queiroz, acusado de matar a vereadora. O porteiro mudou a versão ao prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na terça-feira, 19. "O envolvimento do nome do presidente é um total disparate", respondeu Moro, ao ser questionado sobre o recuo em entrevista à Rádio CBN nesta quinta-feira (21).

Federalização

Segundo o ministro, o caso Marielle tem que ser investigado com "neutralidade e dedicação, sem politização". Moro também voltou a defender a federalização das investigações do caso. "Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar indevidamente, na minha avaliação, claro que será decidido pela Justiça, mas o melhor caminho para uma investigação exitosa é a federalização", acrescentou.

Citando "testemunha fraudulenta" e reforçando "tentativa de politização", Moro afirmou ainda que "não é demérito das autoridades estaduais, mas é melhor que seja a federalização". "É uma avaliação objetiva, que para esse caso, é colocar a PF com expertise e reputação. Não é ministro que investiga nem diretor da PF. O que vai ter é um grupo de federais, com o Ministério Público Federal, e podem contar com apoio das autoridades federais para realizar uma investigação técnica e isenta", concluiu o ministro.

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